domingo, 9 de setembro de 2012

FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO, O DESEMPENHO E A MATURAÇÃO.


FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO, O DESEMPENHO E A MATURAÇÃO.

Os fatores primários que influenciam o crescimento e a maturação são:
- Genes
- Hormonais
- Nutrientes
Os programas regulares de atividade física podem influenciar o peso e a composição corporal, mas tem pouco efeito sobre o crescimento da estatura e a maturação. A subnutrição crónica e a obesidade tem efeitos vastamente descritos sobre o crescimento, a maturação e o desempenho, podendo também influenciar na atividade física.

Condições sociais, crescimento e maturação
Essas condições incluem qualidade de vida, tamanho da família ou número de irmãos, local da residência (urbana ou rural) e condições socioeconômicas gerais. Todas elas estão relacionadas, sendo difícil considerar os efeitos dos fatores sociais separadamente.

Status socioeconómicos
Crianças que vivem em países que apresentam melhores condições socioeconômicas tendem a, em média, apresentar, maiores valores de estatura e peso corporal do que aquelas em condições socioeconômicas inferiores.
Durante a adolescência e, especialmente, no final da adolescência, meninas de SS(Status socioeconómicos) mais baixo em países desenvolvidos tendem a ser, em media, mais pesadas do que aquelas de SS superior. Uma relação inversa entre classe social e gordura, que se torna evidente durante a transição para a adolescência, persiste na idade adulta. Fatores relacionados a essa tendência são discutidos na seção referente aos fatores psicológicos e emocionais que afetam o crescimento e a maturação.




Tamanho da família
O tamanho da família e o numero de irmãos ou crianças em uma família pode ser um fator de erro da avaliação dos efeitos do SS sobre o crescimento e a maturação na medida em que famílias maiores possuem, frequentemente, um SS mais baixo.
A idade na menarca também mostra variação com o tamanho da família. Meninas de famílias maiores tendem a atingir a menarca, em media, mais tarde do que meninas de famílias menores.




Fatores psicológicos/emocionais
Muitos estudos de casos de crianças e adolescentes indicam claramente a influencia das condições de vidas adversas, particularmente condições psicossociais ou emocionais, sobre o crescimento e a maturação. Essas condições são por vez classificadas como “nanismo psicossocial” ou “nanismo de privação” na literatura clinica. O tamanho obtido sofre uma redução linear no crescimento, e a maturação é severamente atrasada, geralmente por dois ou três anos. Crianças criadas em tais condições psicológicas e emocionais comumente não possuem distúrbios endócrinos, metabólicos ou um histórico familiar de retardo do crescimento, e suas dietas são geralmente adequadas. Os mecanismos por meios dos quais um ambiente familiar estressante influencia o crescimento e a maturação são desconhecidos, porem, muito provavelmente, incluem privação materna, isolamento das crianças dos outros, uma vida familiar desorganizada e ocasionalmente, abuso físico. A matriz das condições ambientais associadas ao “nanismo de privação”, no entanto pode resultar em uma deficiência ou supressão na produção de hormônio do crescimento e uma ingestão de dieta inadequada ou utilização deficiente de nutriente.



 
Área de residência
A variação do SS no crescimento e maturação pode ser influenciada pela área de residência, na qual tem sido visualizada mais frequentemente em um contexto urbano ou rural. No final do século XIX e no início do século XX, crianças residentes em áreas rurais nos EUA e países da Europa ocidental apresentavam geralmente maiores valores de estatura e peso do que aquelas das áreas urbanas. No entanto, por volta da década de 1930, as condições melhoraram nos centros urbanos, especialmente com relação ao acesso a serviços de saúde e moradia, de forma que as diferenças urbano-rurais foram reduzidas ou invertidas. Atualmente, as diferenças nas condições de vida entre áreas urbanas e rurais são insignificantes, então virtualmente não existem diferenças em tamanho adquirido e status de maturação entre crianças nas áreas urbana e rural dos EUA, do Canada e na maioria dos países da Europa ocidental.
Diferenças urbano-rurais em crescimento e maturação são reflexos, em grande parte, da distribuição e do acesso a recursos dentro de um país. Esses recursos incluem os econômicos, os educacionais, os nutricionais e os relacionamentos à saúde. Tais recursos estão geralmente concentrados em centros urbanos e são limitados à medida que são destinados para áreas rurais de alguns países.
Contraste urbano-rurais em muitos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina são ampliados por problemas nutricionais crónicos nas áreas rurais, além de marcadas desigualdades económicas. Nos países mais desenvolvidos dessas regiões, o contraste urbano-rural do crescimento e da maturação é reflexo da variação do SS, ou seja, o crescimento elevado e a maturação precoce de crianças de área urbana refletem condições econômicas melhores e acesso a recursos por parte dos residentes das cidades.
Cidades de diversas áreas em desenvolvimento pelo mundo estão se expandindo rapidamente como resultado da migração das regiões rurais para urbanas. É muito comum que migrantes das áreas rurais desenvolvam assentamentos irregulares nos limites de uma cidade. Essas vizinhanças são classificadas de maneira variável na literatura, mas como um termo comum parece ser favelas.



Fumo
Bebes nascidos de mães que fumavam regularmente durante o período de gestação tem estatura e pesos de nascimento mais baixos, recaindo o maior efeito sobre o peso do que sobre a estatura. O tabagismo materno durante a gestação também tem influência sobre o crescimento pós natal. Os deficits de crescimento estimados de estatura e peso, respectivamente, associados ao tabagismo materno durante a gestação, são de 0,5 cm e 10 kg entre 6 meses e 2 anos, 0,8 cm e 400 g entre 2 e 6 anos e 1,2 cm e 1.400 g entre 6 e 12 anos.
Os efeitos estimados de tabagismo dos pais sobre as estaturas de crianças de 6 a 11 anos sugerem um efeito dose-resposta: quanto maior o numero de cigarros fumados, maior o efeito sobre o crescimento. Crianças de lares de pais fumantes tender a ser, em media, mais baixas do que aqueles de lares de pais não fumantes, e o tabagismo materno apresenta maior influencia sobre o crescimento em estatura do que o tabagismo paterno. Embora as diferenças em estatura obtida durante a infância seja pequenas, em media de 1 cm, os resultados correspondem razoavelmente entre os estudos. Além disso, crianças de lares com pais fumantes também vivenciam uma maior quantidade de dias doentes por ano, especialmente com doenças respiratórias.
Esses resultados indicam uma influência negativa significativa do fumo, possivelmente efeitos combinados do tabagismo durante a gravides e, posteriormente, em casa atuem negativamente sobre o crescimento da estatura. Na medida em que crianças tendem a passar mais tempo com suas mães, poder-se-ia esperar que o tabagismo materno demonstrasse um efeito mais relevante do que o paterno. No entanto, o fumo passivo(isto é, inspirar a fumaça exalada por cigarros) esta relacionado a estatura obtida por crianças. Entretanto informações atualmente disponíveis não indicam efeitos significativos do tabagismo dos pais sobre a taxa de crescimento da estatura. Essa descoberta aparentemente incongruente sugere, talvez, um papel importante sobre os efeitos em longo prazo da exposição pré-natal ao fumo sobre a estatura obtida durante a infância, mas os resultados não são conclusivas.
Efeitos do fumo passivo sobre o crescimento e a maturação durante a adolescência não estão estabelecidos.



Estilo de criação
Refere-se a esforços maternos para formar, controlar e avaliar o comportamento de seus filhos para alcançar um padrão estabelecido de conduta, enquanto o ultimo se referia a falta de tais esforços maternos de controle. Meninos e meninas cujas mães foram classificadas como exercendo controle não autoritário tiveram um desempenho signicamente melhor em um tiro de 30 jardas e no salto longo parado do que os filhos das mães autoritárias.
Interações entre irmãos
A influência dos SS e da criação sobre o desenvolvimento motor e o desempenho pode ser mediada, em parte, da presença de irmãos na família. Portanto, a posição de uma criança na família e o status sexual do irmão podem ser fatores de influência potencialmente importantes.
Bebes primogénitos geralmente mostram comportamento motor avançado em comparação com bebes nascidos posteriormente. Essa observação esta geralmente relacionada a uma maior indulgencia materna e portanto, a uma maior estimulação do primeiro filho, em comparação com crianças nascidas posteriormente. Não se sabe se o desenvolvimento motor acelerado persiste além do inicio da infância ou após o nascimento do segundo filho.



A variação étnica no crescimento e na manutenção
Embora seres humanos tenham, geneticamente, mas semelhanças do que diferenças, as populações diferem em uma variedade de características genotípicas e fenotípicas, inclusive em medidas de crescimento e maturação. Diferem, também, nos hábitos culturalmente determinados, nas atitudes e nos padrões de comportamento, assim como em condições socioeconômicas que podem também influenciar estes processos.
O termos étnico e racial tem diferentes significados, mas estão relacionados. Raça implica um grupo biologicamente distinta, ou seja, que tem uma porcêntagem relativamente alta de seus genes em comum por descendência. Étnico implica um grupo culturalmente distinto. Com bastante frequência a homogeneidade biológica e cultural se sobrepõe ou coincide, como nas minorias de cor em grupos linguísticos e religiosos que compartilham ancestrais em comuns.



Clima, crescimento e maturação
Calor, frio e altitude elevada podem ser fatores que influenciam o crescimento e a maturação, embora separar seus efeitos de outras condições ambientais seja geralmente difícil. O maior problema fisiológico para populações em climas quentes é a dissipação do excesso de calor enquanto o maior problema fisiológico para populações em climas frios é a preservação do calor. Em contraste, o maior problema para aqueles que residem em altas altitudes é a oxigenação arterial suficiente sob condições de pressão barométricas reduzidas. 

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