domingo, 9 de setembro de 2012

FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO, O DESEMPENHO E A MATURAÇÃO.


FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO, O DESEMPENHO E A MATURAÇÃO.

Os fatores primários que influenciam o crescimento e a maturação são:
- Genes
- Hormonais
- Nutrientes
Os programas regulares de atividade física podem influenciar o peso e a composição corporal, mas tem pouco efeito sobre o crescimento da estatura e a maturação. A subnutrição crónica e a obesidade tem efeitos vastamente descritos sobre o crescimento, a maturação e o desempenho, podendo também influenciar na atividade física.

Condições sociais, crescimento e maturação
Essas condições incluem qualidade de vida, tamanho da família ou número de irmãos, local da residência (urbana ou rural) e condições socioeconômicas gerais. Todas elas estão relacionadas, sendo difícil considerar os efeitos dos fatores sociais separadamente.

Status socioeconómicos
Crianças que vivem em países que apresentam melhores condições socioeconômicas tendem a, em média, apresentar, maiores valores de estatura e peso corporal do que aquelas em condições socioeconômicas inferiores.
Durante a adolescência e, especialmente, no final da adolescência, meninas de SS(Status socioeconómicos) mais baixo em países desenvolvidos tendem a ser, em media, mais pesadas do que aquelas de SS superior. Uma relação inversa entre classe social e gordura, que se torna evidente durante a transição para a adolescência, persiste na idade adulta. Fatores relacionados a essa tendência são discutidos na seção referente aos fatores psicológicos e emocionais que afetam o crescimento e a maturação.




Tamanho da família
O tamanho da família e o numero de irmãos ou crianças em uma família pode ser um fator de erro da avaliação dos efeitos do SS sobre o crescimento e a maturação na medida em que famílias maiores possuem, frequentemente, um SS mais baixo.
A idade na menarca também mostra variação com o tamanho da família. Meninas de famílias maiores tendem a atingir a menarca, em media, mais tarde do que meninas de famílias menores.




Fatores psicológicos/emocionais
Muitos estudos de casos de crianças e adolescentes indicam claramente a influencia das condições de vidas adversas, particularmente condições psicossociais ou emocionais, sobre o crescimento e a maturação. Essas condições são por vez classificadas como “nanismo psicossocial” ou “nanismo de privação” na literatura clinica. O tamanho obtido sofre uma redução linear no crescimento, e a maturação é severamente atrasada, geralmente por dois ou três anos. Crianças criadas em tais condições psicológicas e emocionais comumente não possuem distúrbios endócrinos, metabólicos ou um histórico familiar de retardo do crescimento, e suas dietas são geralmente adequadas. Os mecanismos por meios dos quais um ambiente familiar estressante influencia o crescimento e a maturação são desconhecidos, porem, muito provavelmente, incluem privação materna, isolamento das crianças dos outros, uma vida familiar desorganizada e ocasionalmente, abuso físico. A matriz das condições ambientais associadas ao “nanismo de privação”, no entanto pode resultar em uma deficiência ou supressão na produção de hormônio do crescimento e uma ingestão de dieta inadequada ou utilização deficiente de nutriente.



 
Área de residência
A variação do SS no crescimento e maturação pode ser influenciada pela área de residência, na qual tem sido visualizada mais frequentemente em um contexto urbano ou rural. No final do século XIX e no início do século XX, crianças residentes em áreas rurais nos EUA e países da Europa ocidental apresentavam geralmente maiores valores de estatura e peso do que aquelas das áreas urbanas. No entanto, por volta da década de 1930, as condições melhoraram nos centros urbanos, especialmente com relação ao acesso a serviços de saúde e moradia, de forma que as diferenças urbano-rurais foram reduzidas ou invertidas. Atualmente, as diferenças nas condições de vida entre áreas urbanas e rurais são insignificantes, então virtualmente não existem diferenças em tamanho adquirido e status de maturação entre crianças nas áreas urbana e rural dos EUA, do Canada e na maioria dos países da Europa ocidental.
Diferenças urbano-rurais em crescimento e maturação são reflexos, em grande parte, da distribuição e do acesso a recursos dentro de um país. Esses recursos incluem os econômicos, os educacionais, os nutricionais e os relacionamentos à saúde. Tais recursos estão geralmente concentrados em centros urbanos e são limitados à medida que são destinados para áreas rurais de alguns países.
Contraste urbano-rurais em muitos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina são ampliados por problemas nutricionais crónicos nas áreas rurais, além de marcadas desigualdades económicas. Nos países mais desenvolvidos dessas regiões, o contraste urbano-rural do crescimento e da maturação é reflexo da variação do SS, ou seja, o crescimento elevado e a maturação precoce de crianças de área urbana refletem condições econômicas melhores e acesso a recursos por parte dos residentes das cidades.
Cidades de diversas áreas em desenvolvimento pelo mundo estão se expandindo rapidamente como resultado da migração das regiões rurais para urbanas. É muito comum que migrantes das áreas rurais desenvolvam assentamentos irregulares nos limites de uma cidade. Essas vizinhanças são classificadas de maneira variável na literatura, mas como um termo comum parece ser favelas.



Fumo
Bebes nascidos de mães que fumavam regularmente durante o período de gestação tem estatura e pesos de nascimento mais baixos, recaindo o maior efeito sobre o peso do que sobre a estatura. O tabagismo materno durante a gestação também tem influência sobre o crescimento pós natal. Os deficits de crescimento estimados de estatura e peso, respectivamente, associados ao tabagismo materno durante a gestação, são de 0,5 cm e 10 kg entre 6 meses e 2 anos, 0,8 cm e 400 g entre 2 e 6 anos e 1,2 cm e 1.400 g entre 6 e 12 anos.
Os efeitos estimados de tabagismo dos pais sobre as estaturas de crianças de 6 a 11 anos sugerem um efeito dose-resposta: quanto maior o numero de cigarros fumados, maior o efeito sobre o crescimento. Crianças de lares de pais fumantes tender a ser, em media, mais baixas do que aqueles de lares de pais não fumantes, e o tabagismo materno apresenta maior influencia sobre o crescimento em estatura do que o tabagismo paterno. Embora as diferenças em estatura obtida durante a infância seja pequenas, em media de 1 cm, os resultados correspondem razoavelmente entre os estudos. Além disso, crianças de lares com pais fumantes também vivenciam uma maior quantidade de dias doentes por ano, especialmente com doenças respiratórias.
Esses resultados indicam uma influência negativa significativa do fumo, possivelmente efeitos combinados do tabagismo durante a gravides e, posteriormente, em casa atuem negativamente sobre o crescimento da estatura. Na medida em que crianças tendem a passar mais tempo com suas mães, poder-se-ia esperar que o tabagismo materno demonstrasse um efeito mais relevante do que o paterno. No entanto, o fumo passivo(isto é, inspirar a fumaça exalada por cigarros) esta relacionado a estatura obtida por crianças. Entretanto informações atualmente disponíveis não indicam efeitos significativos do tabagismo dos pais sobre a taxa de crescimento da estatura. Essa descoberta aparentemente incongruente sugere, talvez, um papel importante sobre os efeitos em longo prazo da exposição pré-natal ao fumo sobre a estatura obtida durante a infância, mas os resultados não são conclusivas.
Efeitos do fumo passivo sobre o crescimento e a maturação durante a adolescência não estão estabelecidos.



Estilo de criação
Refere-se a esforços maternos para formar, controlar e avaliar o comportamento de seus filhos para alcançar um padrão estabelecido de conduta, enquanto o ultimo se referia a falta de tais esforços maternos de controle. Meninos e meninas cujas mães foram classificadas como exercendo controle não autoritário tiveram um desempenho signicamente melhor em um tiro de 30 jardas e no salto longo parado do que os filhos das mães autoritárias.
Interações entre irmãos
A influência dos SS e da criação sobre o desenvolvimento motor e o desempenho pode ser mediada, em parte, da presença de irmãos na família. Portanto, a posição de uma criança na família e o status sexual do irmão podem ser fatores de influência potencialmente importantes.
Bebes primogénitos geralmente mostram comportamento motor avançado em comparação com bebes nascidos posteriormente. Essa observação esta geralmente relacionada a uma maior indulgencia materna e portanto, a uma maior estimulação do primeiro filho, em comparação com crianças nascidas posteriormente. Não se sabe se o desenvolvimento motor acelerado persiste além do inicio da infância ou após o nascimento do segundo filho.



A variação étnica no crescimento e na manutenção
Embora seres humanos tenham, geneticamente, mas semelhanças do que diferenças, as populações diferem em uma variedade de características genotípicas e fenotípicas, inclusive em medidas de crescimento e maturação. Diferem, também, nos hábitos culturalmente determinados, nas atitudes e nos padrões de comportamento, assim como em condições socioeconômicas que podem também influenciar estes processos.
O termos étnico e racial tem diferentes significados, mas estão relacionados. Raça implica um grupo biologicamente distinta, ou seja, que tem uma porcêntagem relativamente alta de seus genes em comum por descendência. Étnico implica um grupo culturalmente distinto. Com bastante frequência a homogeneidade biológica e cultural se sobrepõe ou coincide, como nas minorias de cor em grupos linguísticos e religiosos que compartilham ancestrais em comuns.



Clima, crescimento e maturação
Calor, frio e altitude elevada podem ser fatores que influenciam o crescimento e a maturação, embora separar seus efeitos de outras condições ambientais seja geralmente difícil. O maior problema fisiológico para populações em climas quentes é a dissipação do excesso de calor enquanto o maior problema fisiológico para populações em climas frios é a preservação do calor. Em contraste, o maior problema para aqueles que residem em altas altitudes é a oxigenação arterial suficiente sob condições de pressão barométricas reduzidas. 

Capoeira



Origem da Capoeira


      Capoeira é uma arte marcial com quase 5 séculos, desenvolvida no Brasil, por escravos oriundos de África, inicialmente como técnica de defesa.
      Baseada em tradicionais danças e rituais africanos, estes escravos praticavam Capoeira nos intervalos do trabalho, treinando quer o corpo quer a mente para situações de combate. Devido à proibição de qualquer tipo de arte marcial pelos seus donos, a capoeira continuou, mas encoberta como uma "inocente" dança recreativa.
      Mais tarde, no século 17, alguns escravos fugitivos formaram "quilombos" (territórios escondidos e governados por escravos), na qual a arte capoeirista foi aperfeiçoada.
      Mas a Capoeira permanecia proibida, mesmo após a abolição da escravatura em 1888. Contudo, continuava a ser praticada pela população mais pobre, dando origem a perseguições e condenações, numa tentativa, quase bem sucedida, de erradicar a Capoeira das ruas brasileiras nos anos 20.
      Apesar da proibição, Mestre Bimba e Mestre Pastinha fundaram a primeira escola de Capoeira, em Salvador, Bahia. Mestre Bimba criou um novo estilo, a "Capoeira Regional", afastando-se da tradicional "Capoeira Angola", introduzindo novos movimentos e técnicas.
      Foi com a nova "Capoeira Regional" que o Mestre Bimba conseguiu finalmente convencer as autoridades do enorme valor cultural da Capoeira, terminando assim a proibição na década de 30.

      A Capoeira é caracterizada por uma roda, formada por praticantes da arte capoeirista. Na roda um Mestre encarrega-se de tocar o berimbau, acompanhado por outros capoeiristas com instrumentos específicos da Capoeira, como o pandeiro ou o atabaque. Os restantes membros que irão praticar o seu "jogo" de Capoeira, alternadamente, e dois a dois, num misto de dança, pontapés, saltos, etc.

Mestre Bimba
      Aos 23 de Novembro de 1899, início de um novo século, no bairro de Engenho Velho, freguesia de Brotas, em Salvador, Bahia, nascia Manoel dos Reis Machado, o MESTRE BIMBA. Seu apelido BIMBA, ele ganhou logo que nasceu, em virtude de uma aposta feita entre sua mãe e a parteira que o “aparou”. Sua mãe, dona Maria Martinha do Bonfim dizia que daria luz a uma menina. A parteira afirmava que seria homem. Apostaram. Perdeu Dona Maria Martinha e o Manoel, recém nascido, ganhou o apelido que o acompanharia para o resto de sua vida. BIMBA é, na Bahia, um nome popular do órgão sexual masculino em crianças.
      Seu pai, o velho Luiz Cândido Machado, já era citado nas festas de largo como grande “batuqueiro”, como campeão de “batuque”, “a luta braba, com quedas, com a qual o sujeito jogava o outro no chão”.
      Aos 12 anos de idade, BIMBA, o caçula de dona Martinha, iniciou-se na capoeira, na estrada das boiadas, hoje bairro da Liberdade, em Salvador. Seu Mestre foi o africano Bentinho, capitão da cia. De navegação baiana. Naquele tempo a capoeira era ainda bastante perseguida e BIMBA cantava: “naquele tempo capoeira era coisa para carroceiro, trapicheiro, estivador e malandros; eu era estivador, mas fui um pouco de tudo”.
      A polícia perseguia um capoeirista como se persegue um cão danado. Imagine só que um dos castigos que davam aos capoeiristas que fossem preso brigando, era amarrar um dos punhos no rabo do cavalo e outro em um cavalo paralelo. Os dois cavalos eram soltos e postos a correr até o quartel. Comentavam até por brincadeira, que era melhor brigar perto do quartel, pois ouve muitos casos de morte. O indivíduo não aguentava ser arrastado em velocidade pelo chão e morria antes de chegar ao seu destino: o quartel de polícia. MESTRE BIMBA praticava e ensinava a capoeira tradicional, mas ele sentia que ela havia perdido eficiência como luta, pois os mestres que a mantinham, se preocupavam muito com a manutenção de novos rituais e tradições e esqueciam a sua essência como luta. Mestre Bimba vinha realizando estudos com seus alunos, para a criação do que ele chamaria de “Luta Regional Baiana”, quando chamou os mestres da época para uma reunião, todos recusaram sua proposta, pois achavam que ele estava acabando com a tradição do que mais tarde seria chamado de Capoeira Angola.
      Aproveitando-se do “batuque”, da “angola” e da sua experiência e habilidade como exímio lutador, criou o que chamou de “capoeira regional”, ou “Luta Regional Baiana” assim chamada para fugir da perseguição policial que existia sobre a Capoeira.

Mestre Pastinha
      Foi defensor da Capoeira de Angola. Foi uma das grandes celebridades da vida popular na Bahia. Vicente Ferreira Pastinha nasceu em 5 de abril de 1889 em Salvador-Bahia. Mulato claro de estatura mediana, magro, de temperamento gentil e acolhedor, bem-humorado, reuniu ao seu redor um grande número de excelentes capoeiristas, nem tanto por ser jogador excepcional, mas pela força de sua personalidade, seus dotes de filosofo e poeta, seu amor e conhecimento dos fundamentos da capoeira angola. Filho do espanhol José Señor Pastinha e de Dona Maria Eugênia Ferreira. Seu pai era um comerciante, dono de um pequeno armazém no centro histórico de Salvador e sua mãe, com a qual ele teve pouco contato, era uma negra natural de Santo Amaro da Purificação e que vivia de vender acarajé e de lavar roupa para famílias mais abastadas da capital baiana.
      Diz-se que Pastinha aprendeu capoeira ainda menino com um negro de Angola chamado Benedito, que presenciou as surras que constantemente tomava de um menino mais velho. Mestre Benedito o chamou e disse: "O tempo que você perde empinando raia, vem aqui no meu cazua que vou lhe ensinar coisa de muito valia". Existem outras versões que dizem que Pastinha aprendeu capoeira bem tarde, já homem maduro.
      A princípio mestre Pastinha ensinava capoeira para os colegas da Marinha, onde ingressou aos 12 anos. Depois que saiu, aos 20 anos, abriu sua primeira escola de capoeira na sede de uma oficina de ciclistas. Além de capoeirista, mestre Pastinha, era pintor; chegando a dar aula de pintura de quadros a óleo. Em 1941 fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola no casarão número 19 do Largo do Pelourinho. Esta foi sua primeira academia-escola de capoeira.
      Disciplina e organização eram regras básicas na escola de Pastinha e seus alunos sempre usavam calças pretas e camisas amarelas, cores do Ypiranga Futebol Clube, time do coração de Pastinha. Para Pastinha, a capoeira "de Angola se diferencia da Capoeira Regional por "não ter método", ser "sagrada" e "maliciosa". Pastinha não aceitava a "mistura" feita por mestre Bimba, que incorporou a capoeira movimentos de outras lutas.
      Pastinha dedicou sua vida a capoeira angola, tornando-se um dos estandartes da cultura afro-brasileira. Faleceu em 14 de novembro de 1981, aos 92 anos de idade, cego havia 18, abandonado pelos órgãos públicos e pela maioria de seus antigos alunos.

"Angola, Capoeira Mãe!
É mandinga de escravo em ânsia de liberdade.
Seu princípio não tem método,
Seu fim é inconcebível ao mais sábio dos mestres."    

      Este conteúdo foi acessado em 15/01/2010 do sítio: Associação Arte Regional de Capoeira - DF         
                 

Tendência liberal Tecnicista


Tendências pedagógicas
Pedagogia liberal
            O termo liberal não tem o sentido “avançado”, “democrático”, “aberto”, como costuma ser usado. A doutrina liberal apareceu como justificação do sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e dos interesses individuais da sociedade, estabeleceu uma forma de organização baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada sociedade de classes. A pedagogia liberal, portanto, é uma manifestação própria desse tipo de sociedade.
            A pedagogia liberal teve 3 vertentes:

            1º Tendência liberal tradicional:
Criança: capacidade de assimilação igual a do adulto, porém menos desenvolvida;
O aluno é educado para atingir pelo próprio esforço sua plena realização pessoal.

            2º Tendência liberal escola nova:
- Não directiva:
Esconde as realidades das classes sociais;
O aluno é o centro do processo de ensino;
Valorização do aspecto psicológico.
- Diretiva:
            As atividades acontecem de acordo com as realidades do aluno;
            O professor é um mero facilitador da aprendizagem;
            A modificação da aprendizagem é o desejo de adequação pessoal na busca de auto-realização.

            3º Tendência liberal Tecnicista.
            Antes de falar sobre a Tendência liberal tecnicista veremos no que ela se fundamentou, no TAYLORISMO.

            A sociedade industrial: Ao analisar a práxis humana, constatamos que ela supõe uma “trabalho material”, cujo resultado é a produção dos bem materiais. Para tanto, o homem antecipa a ação por meio do pensamento, criando ideias, teorias, que seriam na verdade seriam o resultado do “trabalho não material”, ou seja, o trabalho intelectual.
            …. Com isso aqueles que se ocupam com o trabalho intelectual tendem a desprezar os trabalhadores braçais que assumem essa “inferioridade”… como o trabalhador não realiza uma reflexão… acolhe sem pensar as regras vigentes da sociedade.
            O taylorismo: Com o desenvolvimento fabril, dá-se a agravante introdução do sistema parcelado de produção, tornando a execução do trabalho mais mecânica a mais fragmentada. Essa divisão é intensificada no início do século XX, quando Henry Ford introduziu o sistema de montagem na indústria automobilística. Esse sistema visa aumentar a produtividade e diminuir o tempo.
            O taylorismo e o professor: A legislação é aprovada sem a participação efetiva do profissional de educação e muitas das vezes o planejamento é feito extremamente, com pacotes de materiais curriculares que transformam o professor em simples executor de um projeto.
            O taylorismo e a escola: A escola transmite as ideias e valores que justificam as práticas sociais vigentes…
           
            Tendência liberal tecnicista

            A tendência tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de “recursos humanos” (mão-de-obra para a industria). A sociedade estabelece as metas económicas, sociais e politicas, a educação treina nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas.

ü  Manifestações de prática pedagógica escolar no Brasil;
Surge no Brasil em meados da década de 50, mas é introduzida efetivamente no final dos anos 60, com predomínio a partir de 1970.
As leis 5.540/68 (ensino universitário) e  5.692/71 (ensino de 1º e 2º graus), são marcos do modelo tecnicista.
Surge a figura do Supervisor Educacional.

ü  Pressupostos teóricos;
Aprendizagem é modificação de desempenho.
O aluno é submetido a um processo de controlo de comportamento, afim de ser levado a atingir objectivos previamente estabelecidos.
O ensino é organizado em função de pré-requisitos.
Ensino: processo de condicionamento/reforço da resposta que se quer obter, acontece através da: operacionalização dos objectivos e mecanização do processo.
Não se preocupa com o processo mental do aluno, mas sim com o produto desejado.
Busca-se a “eficiência”, a “eficácia” a “qualidade” a “racionalidade”, a “produtividade” e a “neutralidade” na escola, que deve funcionar como uma empresa.

ü  Representantes ou teóricos;
1.    Gagné.
2.    Bloom.
3.    Cosete Ramos.
4.    *Skinner.


*FREDERIC SKINNER: nasceu em 20 de março de 1904 na cidade de Susquehanna Pensilvânia (EUA), onde morou até o ingresso na escola.
            Como Piaget, gostava de observar os animais, sendo um leitor ávido sobre este tema. Ainda criança, assistiu uma apresentação de pombos, este acontecimento o fascinou de tal maneira que muitos anos mais tarte, já psicólogo, dedicou-se a desenvolver programas de treinamento de pombos, lançando as bases teóricas do comportamento operante.
            Nos anos 50, os EUA atravessavam uma grave crise educacional: carência de professores, classes numerosas e pressão publica para melhoria da qualidade de ensino. Após visitar a classe de sua filha, decide intervir no ambiente educacional e projeta a máquina de ensinar. Nos anos 20 SIDNEY PRESSEY já havia criado um artefato semelhante, e Skinner deu o devido crédito ao seu predecessor.
            Skinner deve influências de Watson (1878-1958) que foi o fundador do Behaviorismo e Pavlov (1849-1936) fisiologista russo foi um pesquisador incansável.
            O condicionamento operante
            Skinner denominou o condicionamento pavloviano de respondente e em oposição formulou o conceito de comportamento operante que considerava mais representativo de situação de aprendizagem da vida humana. Para Skinner, a ciência do comportamento deveria estar direcionada para estudar o condicionamento e a extinção de comportamentos operantes.
            O condicionamento operante, segundo ele, não necessita de nenhum estímulo externo observável, a ação é primeiramente espontânea. A ação porém gera consequências que se tornam estímulos para manter ou não àquela ação…, …de forma direta e explícita, que suscita a resposta.
            O condicionamento operante também é o processo pelo qual um programa de reforços é capaz de produzir uma modelagem do comportamento humano. Há dois tipos de reforços: o biológico e o condicionado.

ü  Filosofia
Neopositivista

ü  Papel da escola
Articular-se com o sistema produtivo para o aperfeiçoamento do sistema capitalista: provê formação de indivíduos para o mercado de trabalho. De acordo com as exigências da sociedade industrial e tecnológica. (bases de taylorismo).
Funciona como modeladora do comportamento humano. (Skinner “condicionamento operante”)
Preocupa-se com aspectos mensuráveis e observáveis. O aluno é um ser bio-psico-social.

ü  Conteúdos de ensino
São as informações científicas, leis etc., é matéria de ensino que apenas o que é redutível ao conhecimento observável e mensurável; os conteúdos decorrem, assim, da ciência objetiva, eliminando-se qualquer sinal de subjectividade. O material instrucional encontra-se sintetizado nos manuais, nos livros didácticos, nos módulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais.

ü  Função da avaliação
Ênfase na produtividade do aluno, uso de testes objetivos.
Realização de exercícios programados, está diretamente ligada aos objetivos estabelecidos. Ocorre no final do processo com a finalidade de constatar se os alunos adquiriram os comportamentos desejados.
Prática diluída, eclética e pouco fundamentada, com apego aos livros didácticos.

ü  Relacionamento professor-aluno
O professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno; é o técnico responsável pela eficiência do ensino, quem administra as condições de transmissão de matéria.
O aluno é um ser fragmentado, espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho.

ü  Método de ensino
Consistem nos procedimentos e técnicas necessárias ao arranjo e controle nas condições ambientais que assegurem a transmissão/recepção de informações. Se a primeira tarefa do professor é modelar as respostas apropriadas aos objetivos instrucionais, a principal e conseguir comportamentos adequados pelo controle de ensino…
A tecnologia educacional é a “aplicação sistemática de princípios científicos comportamentais e tecnológicos a problemas educacionais, em função de resultados efectivos, utilizando uma metodologia e abordagem sistémica e abrangente.
Os componentes básicos: objetivos instrucionais operacionalizados  em comportamentos observáveis e mensuráveis, procedimentos instrucionais e avaliação.

ü  Técnicas de ensino
Coloca a atenção a atenção em modos instrucionais que possibilitam controle efetivo dos resultados:
-instrução programada;
-pacotes de ensino;
-módulos instrucionais, etc.
-técnicas de microensino.

ü  Modelo de conhecimento

S «----- O

ü  Opinião “Dermeval Saviani”
Compreende-se, então, que para a pedagogia tecnicista a marginalidade não será identificada com a ignorância nem será detectada a partir do sentimento de rejeição. Marginalizado será o incompetente (no sentido da palavra), isto é, o ineficiente e improdutivo. A educação estará contribuindo para superar o problema da marginalidade na medida em que formar indivíduos eficientes, isto é, aptos a dar sua parcela de contribuição para o aumento da produtividade da sociedade. Assim, estará ela cumprindo sua função de equalização.  


ü  Referencias

SAVIANI, Demerval, Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze tezes sobre a educação política. 39. ed. Campinas, São Paulo, Autores associados, 2007.

MACIEL, Ira, Psicologia e Educação: novos caminhos para formação, pg. 237, Rio de Janeiro, 2001.

ARANHA, Maria, Filosofia da Educação: as relações de trabalho, a tendência tecnicista, 2. ed. rev. ampl. São Paulo, SP, Moderna, 1996.

____, Concepções e tendências da educação e suas manifestações na pratica escolar: pedagogia liberal tecnicista.

____, Tendências pedagógicas na prática escolar: pedagogia liberal tecnicista, cap. 3.

Como a Educação Física pode a ajudar a reverter o cenário da violência no esporte?


Como a Educação Física pode a ajudar a reverter o cenário da violência no esporte?

            A Educação Física, por ser uma das aulas que está relacionada com maior proximidade dos alunos com o professor, tem um papel fundamental para formação do carácter e valores como: a amizade o companheirismo e o trabalho em grupo, e está em mútua ajuda com os relacionamentos sociais (melhora a socialização, o respeito e a comunicação) e benefícios físicos (tais como: a motricidade geral e a motricidade fina, o crescimento, o desenvolvimento e a maturação fisiológica, de acordo com os parâmetros normativos) logo beneficiando a saúde.
Na minha opinião, o esporte por ser um dos conteúdos estruturantes da Educação Física é responsabilidade do professor não deixar com que se utilize de atitudes anti-esportivas como vemos atualmente, pois, hoje em dia o esporte está sendo denegrido por proporcionar um ambiente de competição e violência, que os alunos presenciam frequentemente em seu cotidiano (em estádios, por exemplo, já que o futebol é o esporte mais popular no Brasil), já no âmbito escolar o esporte está cada vez mais perdendo sua principal função, que é de introduzir uma rotina de atividades físicas aos alunos, proporcionando um ambiente de lazer e saúde, o professor de Educação física deve evitar a excessiva competitividade dos alunos, pois a violência esportiva está diretamente ligada a competitividade.

Tipos de ações musculares


Tipos de ações musculares:

      Isométricas: É a contração muscular na qual não ocorre movimento articular perceptivo, também chamado de movimento estático.
      Dinâmica Concêntrica: É a contração muscular na qual ocorre uma diminuição do ventre muscular, nesse tipo de ação a força de contração é maior que a sobrecarga.
      Dinâmica Excentrica: É a contração muscular na qual ocorre um alongamento do ventre muscular, nesse caso a sobrecarga vence a força.


Tipos de ações dos músculos no movimento
      Agonista: O agonista é o músculo responsável pelo movimento, possui ação concêntrica.
      Antagonista: Se opõe ao agonista, a ação muscular é contrária ao agonista.
      Sinergista: É o músculo que ajuda o agonista a realizar o movimento.
      Estabilizador: estabiliza as articulações e os grupos musculares.

1. Exemplo

                Como mostra a figura acima:
      O bíceps está em uma ação muscular concêntrica, pois a força de contração é maior que a sobrecarga, sendo o ele o músculo responsável pela execução do movimento ele é denominado de músculo agonista.
      O tríceps está executando uma ação contrária ao bíceps, sendo ele denominado antagonista.
      O braquiorradial está ajudando o bíceps na execução do movimento, sendo ele denominado sinergista.
      O trapézio e o deltóide estão estabilizando a articulação do úmero e estabilizando os músculos bíceps e tríceps.

 2. Exemplo

Como mostra a figura acima:
            O bíceps está em uma ação muscular excêntrica, pois a força de contração é menor que a sobrecarga, estando em estado antagônico.

sábado, 8 de setembro de 2012

PRESSÃO ARTERIAL


PRESSÃO ARTERIAL
Pressão arterial sistólica – geralmente este valor é denominada de pressão arterial máxima, e é correspondente ao valor medido no momento em que o ventrículo esquerdo bombeia uma quantidade de sangue para a aorta. Normalmente este valor pode variar entre os 120 a 140 mmHg, sendo estes os valores mais comuns para que tenha a sua pressão dentro dos valores normais.
Pressão arterial diastólica – normalmente este valor é conhecida como a pressão arterial mínima, correspondente ao momento em que o ventrículo esquerdo volta a encher-se para retomar todo o processo da circulação. Este valor geralmente está dentro da média do 80 mmHg.

A pressão arterial do sangue é regulada pelo volume sanguíneo, pela resistência periférica total e pela frequência cardíaca. Para compensar desvios, mecanismos reguladores ajustam esses factores por meio da retroalimentação negativa. A pressão arterial desce e sobe durante a sístole e a diástole.
No sistema arterial, a resistência ao fluxo é maior nas arteríolas por que esses vasos possuem menores diâmetros. Embora o fluxo sanguíneo total de um sistema de arteríolas deve ser igual ao do vaso maior que deu origem a estas, o menor diâmetro de cada arteríola reduz a sua taxa de fluxo de acordo com a lei de Poiseulie. Portanto, a taxa de fluxo sanguíneo e a pressão são reduzidas nos capilares, localizados a jusante da alta resistência imposta pelas arteríolas. (A velocidade menor do fluxo sanguíneo através dos capilares aumenta a difusão através da parede capilar.) A pressão sanguínea e a montante das arteríolas – nas arteríolas médias e grandes – aumenta proporcionalmente.
A pressão sanguínea e a taxa de fluxo no interior dos capilares são reduzidas pelo fato de sua área transversa ser muito maior (devido ao seu grande numero) do que as áreas transversas das artérias e arteríolas. Portanto, embora cada capilar seja muito mais estreito do que cada arteríola, os leitos capilares servidos pelas arteríolas não provêem resistência tão grande ao fluxo sanguíneo quanto as arteríolas.
Por essa razão, variações de diâmetro das arteríolas em consequência da vasoconstrição e da vasodilatação afetam o fluxo sanguíneo através dos capilares e, ao mesmo tempo, a pressão arterial “a montante” dos capilares. Dessa maneira, o aumento da resistência periférica total devido a vasoconstrição arteriolar pode elevar a pressão arterial. A pressão arterial também pode ser aumentada pelo aumento do débito cardíaco. Este pode ser consequência da elevação da frequência cardíaca ou do volume sistólico, que por sua vez são afetados por outros fatores. As três variáveis mais importantes que afetam a pressão arterial são a frequência cardíaca, o volume sistólico (determinado basicamente pelo volume sanguíneo) e a resistência periférica total. O aumento de qualquer um desses fatores, quando não compensado por uma diminuição de uma ou outra variável, acarreta aumento da pressão arterial.
CONTROLE:
A pressão arterial pode ser regulada pelos rins, que controlam o volume sanguíneo e, consequentemente, o volume sistólico, e pelo sistema simpático supra-renal. O aumento da atividade do sistema simpático supra-renal pode aumentar a pressão arterial ao estimular a vaso constrição das arteríolas (elevando, por conseguinte, a resistência periférica total) e promover aumento do débito cardíaco. A estimulação simpática também pode afetar indiretamente o volume sanguíneo, estimulando a constrição dos vasos sanguíneos renais e, em consequência, reduzindo o debito urinário.

Para que a pressão arterial seja mantida dentro dos limites, são necessários receptores da pressão especializados. Esses barorreceptores são receptores de estiramento localizados no arco da aorta e nos seios caróticos. O aumento da pressão faz com que as paredes dessas arteriais distendam-se, aumentando a frequência de potenciais de ação ao longo das fibras nervosas sensitivas. Em contrapartida, a queda da pressão abaixo da faixa normal provoca redução da frequência dos potenciais de ação produzidos por essas fibras nervosas sensitivas.
A atividade nervosa sensitiva dos barorreceptores ascende, através do nervo vago e do nervo glossofaríngeo, até a medula oblonga, a qual orienta o sistema autônomo a responder adequadamente. O centro de controle vasomotor da medula oblonga controla a vasoconstrição/vasodilatação e, por conseguinte, ajuda a regular a resistência periférica total. Os centros de controle cardíaco da medula oblonga regulam a frequência cardíaca. Atuando por intermédio da ativiade de fibras motoras do nervo vago e nervos simpático controlados por esses centros encefálicos, os barorreceptores contrabalançam as alterações da pressão arterial, de modo que as flutuações desta são minimizadas.

O EXERCICIO FISICO E A PESSÃO SANGUINEA:

O exercício físico realizado regularmente provoca importantes adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, com o objetivo de manter a homeostasia celular diante do incremento das demandas metabólicas. Há aumento no débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação da perfusão circulatória para os músculos em atividade. A pressão arterial sistólica (PAS) aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco. A pressão arterial diastólica reflecte a eficiência do mecanismo vasodilatador local dos músculos em atividade, que é tanto maior quanto maior for a densidade capilar local. A vasodilatação do músculo esquelético diminui a resistência periférica ao fluxo sanguíneo e a vasoconstrição concomitante que ocorre em tecidos não exercitados induzida simpaticamente compensa a vasodilatação. Conseqüentemente, a resistência total ao fluxo sanguíneo cai drasticamente quando o exercício começa, alcançando um mínimo ao redor de 75% do VO2 máximo. Os níveis tensionais elevam-se durante o exercício físico e no esforço predominantemente estático, tendo já sido constatados, em indivíduos jovens e saudáveis, níveis de pressão intra-arterial superiores a 400/250mmHg sem causar danos à saúde.

Referencia
FOX, stuart i. Fisiologia humana, ed. 7, Manole, São Paulo, 2007.