PRESSÃO
ARTERIAL
Pressão arterial
sistólica – geralmente este valor é denominada de pressão arterial máxima, e é
correspondente ao valor medido no momento em que o ventrículo esquerdo bombeia
uma quantidade de sangue para a aorta. Normalmente este valor pode variar entre
os 120 a 140 mmHg, sendo estes os valores mais comuns para que tenha a sua pressão
dentro dos valores normais.
Pressão arterial
diastólica – normalmente este valor é conhecida como a pressão arterial mínima,
correspondente ao momento em que o ventrículo esquerdo volta a encher-se para
retomar todo o processo da circulação. Este valor geralmente está dentro da
média do 80 mmHg.
A pressão arterial do
sangue é regulada pelo volume sanguíneo, pela resistência periférica total e
pela frequência cardíaca. Para compensar desvios, mecanismos reguladores
ajustam esses factores por meio da retroalimentação negativa. A pressão
arterial desce e sobe durante a sístole e a diástole.
No sistema arterial,
a resistência ao fluxo é maior nas arteríolas por que esses vasos possuem
menores diâmetros. Embora o fluxo sanguíneo total de um sistema de arteríolas
deve ser igual ao do vaso maior que deu origem a estas, o menor diâmetro de
cada arteríola reduz a sua taxa de fluxo de acordo com a lei de Poiseulie. Portanto, a taxa de fluxo
sanguíneo e a pressão são reduzidas nos capilares, localizados a jusante da
alta resistência imposta pelas arteríolas. (A velocidade menor do fluxo
sanguíneo através dos capilares aumenta a difusão através da parede capilar.) A
pressão sanguínea e a montante das arteríolas – nas arteríolas médias e grandes
– aumenta proporcionalmente.
A pressão sanguínea e
a taxa de fluxo no interior dos capilares são reduzidas pelo fato de sua área
transversa ser muito maior (devido ao seu grande numero) do que as áreas
transversas das artérias e arteríolas. Portanto, embora cada capilar seja muito
mais estreito do que cada arteríola, os leitos capilares servidos pelas
arteríolas não provêem resistência tão grande ao fluxo sanguíneo quanto as
arteríolas.
Por essa razão,
variações de diâmetro das arteríolas em consequência da vasoconstrição e da
vasodilatação afetam o fluxo sanguíneo através dos capilares e, ao mesmo tempo,
a pressão arterial “a montante” dos
capilares. Dessa maneira, o aumento da resistência periférica total devido a
vasoconstrição arteriolar pode elevar a pressão arterial. A pressão arterial
também pode ser aumentada pelo aumento do débito cardíaco. Este pode ser
consequência da elevação da frequência cardíaca ou do volume sistólico, que por
sua vez são afetados por outros fatores. As três variáveis mais importantes que
afetam a pressão arterial são a frequência
cardíaca, o volume sistólico (determinado
basicamente pelo volume sanguíneo) e
a resistência periférica total. O
aumento de qualquer um desses fatores, quando não compensado por uma diminuição
de uma ou outra variável, acarreta aumento da pressão arterial.
CONTROLE:
A pressão arterial
pode ser regulada pelos rins, que controlam o volume sanguíneo e,
consequentemente, o volume sistólico, e pelo sistema simpático supra-renal. O
aumento da atividade do sistema simpático supra-renal pode aumentar a pressão
arterial ao estimular a vaso constrição das arteríolas (elevando, por
conseguinte, a resistência periférica total) e promover aumento do débito
cardíaco. A estimulação simpática também pode afetar indiretamente o volume
sanguíneo, estimulando a constrição dos vasos sanguíneos renais e, em
consequência, reduzindo o debito urinário.
Para que a pressão
arterial seja mantida dentro dos limites, são necessários receptores da pressão
especializados. Esses barorreceptores são
receptores de estiramento localizados no arco
da aorta e nos seios caróticos. O
aumento da pressão faz com que as paredes dessas arteriais distendam-se,
aumentando a frequência de potenciais de ação ao longo das fibras nervosas
sensitivas. Em contrapartida, a queda da pressão abaixo da faixa normal provoca
redução da frequência dos potenciais de ação produzidos por essas fibras
nervosas sensitivas.
A atividade nervosa
sensitiva dos barorreceptores ascende, através do nervo vago e do nervo
glossofaríngeo, até a medula oblonga, a qual orienta o sistema autônomo a
responder adequadamente. O centro de
controle vasomotor da medula oblonga controla a
vasoconstrição/vasodilatação e, por conseguinte, ajuda a regular a resistência
periférica total. Os centros de controle
cardíaco da medula oblonga regulam a frequência cardíaca. Atuando por
intermédio da ativiade de fibras motoras do nervo vago e nervos simpático
controlados por esses centros encefálicos, os barorreceptores contrabalançam as
alterações da pressão arterial, de modo que as flutuações desta são
minimizadas.
O EXERCICIO FISICO E A PESSÃO SANGUINEA:
O exercício físico
realizado regularmente provoca importantes adaptações autonômicas e hemodinâmicas
que vão influenciar o sistema cardiovascular, com o objetivo de manter a
homeostasia celular diante do incremento das demandas metabólicas. Há aumento no
débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação da perfusão
circulatória para os músculos em atividade. A pressão arterial sistólica (PAS)
aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco. A pressão
arterial diastólica reflecte a eficiência do mecanismo vasodilatador local dos
músculos em atividade, que é tanto maior quanto maior for a densidade capilar local.
A vasodilatação do músculo esquelético diminui a resistência periférica ao
fluxo sanguíneo e a vasoconstrição concomitante que ocorre em tecidos não exercitados
induzida simpaticamente compensa a vasodilatação. Conseqüentemente, a
resistência total ao fluxo sanguíneo cai drasticamente quando o exercício
começa, alcançando um mínimo ao redor de 75% do VO2 máximo. Os níveis
tensionais elevam-se durante o exercício físico e no esforço predominantemente
estático, tendo já sido constatados, em indivíduos jovens e saudáveis, níveis
de pressão intra-arterial superiores a 400/250mmHg sem causar danos à saúde.
Referencia
FOX, stuart i. Fisiologia humana, ed. 7, Manole, São
Paulo, 2007.
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